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sábado, 9 de maio de 2009

Universalismo Cristão - Uma Breve Definição


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Muitas pessoas hoje entendem o termo "Universalismo", em se tratando de religião, como uma palavra que designe a crença de que "todas as religiões sejam igualmente verdadeiras, boas, e que todas igualmente levem a Deus". Essa definição de "Universalismo" poderia ser melhor descrita como "Universalismo Pluralista" e poderia ser equalizada ao "humanismo secular".

Essa definição de "Universalismo" não deve ser confundida com o sentido original de "Universalismo" no Cristianismo. O sentido original de "Universalismo" na tradição cristã poderia ser agora melhor descrita usando-se o termo "Universalismo Cristão".

A definição de Universalismo Cristão inclui a crença de que Deus "quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Timóteo 2:4).

O termo "Universalismo Cristão", em seu sentido teológico, é a doutrina da salvação universal; ou em outras palavras, da santidade e felicidade final de toda a humanidade, a ser efetuada pela graça de Deus, por meio do ministério de Jesus Cristo.

Essa doutrina é tão antiga quanto o próprio Cristianismo, e tem sido ensinada por alguns dos maiores mestres da Igreja Cristã, e em quase todos os períodos de sua história. Essa era a doutrina da maioria dos primeiros cristãos durante os primeiros cinco séculos depois de Cristo. Das seis principais escolas teológicas existentes do segundo ao quarto século, quatro delas acreditavam e ensinavam os conceitos do Universalismo Cristão, uma ensinava a aniquilação, e apenas uma ensinava o tormento eterno (a escola de Roma). Pode-se encontrar membros de quase todas as comunhões cristãs - gregos, romanos, luteranos, anglicanos, presbiterianos, metodistas, batistas, unitaristas, quacres, etc -, mesmo que diferindo em muitos aspectos, concordando com esta doutrina divina, a de que Deus ama todas as pessoas e que salvará a todas elas.

Há, pelo menos, cinco princípios básicos abraçados por cristãos universalistas desde que o movimento universalista cristão tomou forma a partir da Reforma Protestante. Esses princípios são a crença na:

1 - Paternidade Universal de Deus;

2 - Autoridade e liderança espiritual de Jesus Cristo;

3 - Confiança na Bíblia como contento uma revelação de Deus;

4 - Certeza na justa retribuição pelo pecado;

5 - Harmonia final de todas as almas com Deus.

12 comentários:

  1. Boa noite,eu lamento,mas eu não consiguo entender como uma pessoa pode herdar os céus ou a felicidade de Deus ou mais,a Salvação,sem viver uma vida de separação com o pecado?A concupiciência dos,da vida e a soberba da vida?Como uma pessoa pode estar salva se ela vive como um ímpio?Me desculpa mais navegando na intenet eu descobri seu site e não pude deixar de colocar minha opnião.Que Deus lhes abençoe.abraços.

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  2. Gostaria se saber a respeito da participação de batistas na Inglaterra no Unitarismo. Pelo que me lembro eles quase desapareceram ao se juntarem aos unitaristas, vindo a se fortalecerem graças aos metodistas e ao movimento da nova conexão. Pode me esclarecer a respeito disso.

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  3. Caro Nilo,

    Sua impressão de que os batistas quase desapareceram ao se unirem aos unitaristas é equivocada – essa, aliás, é uma perspectiva difundida por parte dos batistas não unitaristas. Há alguns dados históricos que são importantes para entender a relação entre os unitaristas e outras denominações nas Ilhas Britânicas, o que inclui aí os batistas.

    A história do Unitarismo, como uma denominação independente, nas Ilhas Britânicas, nasce com o Não-Conformismo do século XVII, que deu origem aos quacres, aos independentes (congregacionais), aos presbiterianos, e aos batistas.

    Vários grupos se juntaram para formar o Unitarismo britânico: os presbiterianos, anglicanos liberais, alguns congregacionais, muitos batistas e metodistas.

    O grupo batista que se juntou ao nosso movimento é chamado de Batistas Gerais. Um grande número das igrejas unitaristas de hoje, na Grã-Bretanha (especialmente no sul da Inglaterra), eram originalmente chamadas de Batistas Gerais. A própria Assembleia Batista Geral, espécie de associação de Batistas Gerais, é parte de nosso movimento – ou seja, os Batistas Gerais são unitaristas. É isso que faz com que os batistas digam que os batistas perderam ao se unirem a nossas igrejas na Grã-Bretanha, já que os “batistas ortodoxos” (por falta de expressão melhor) não consideram os Batistas Gerais (unitaristas) como batistas, nem mesmo como cristãos.

    Um grande número de igrejas metodistas também se juntou ao nosso movimento, a partir do século XIX, o que fez com que se pensasse por um algum tempo que todos os metodistas britânicos eram unitaristas.

    O que você chama de fortalecimento dos batistas por se juntarem aos metodistas depende da perspectiva da qual se olha. Certamente os “batistas ortodoxos” (por falta de expressão mais apropriada) e os “metodistas ortodoxos” se expandiram muito juntos – mas o mesmo aconteceu com aqueles batistas e metodistas que se juntaram ao unitarismo, só que esses cresceram como “unitaristas”, já que em suas novas missões e comunidades se identificavam como “unitaristas” e não mais como batistas ou metodistas. O que torna tudo muito difícil de compreender é que no Brasil as relações inter e extra denominacionais funcionam com uma outra dinâmica.

    Mas só para enfatizar, os Batistas Gerais ainda existem, mas eles não são aceitos por outras denominações batistas britânicas como parte do movimento batista. Da mesma maneira como a maioria dos presbiterianos britânicos e congregacionais americanos são (historicamente) unitaristas, mas não são aceitos por muitas denominações presbiterianas ou congregacionais de hoje.

    Espero ter ajudado-o de alguma forma.

    Paz!

    +Gibson

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  4. Cara Simone (Defesa Para Salvar),

    Pelo que você disse, creio que não tenha compreendido o texto que leu. Nós, muito provavelmente, compreendemos "salvação" de uma maneira muito diferente. Um outro ponto é o de eu não haver falado nada sobre "viver como ímpio". O que disse é que a doutrina universalista prega um Deus disposto a salvar, e não condenar.

    Paz!
    +Gibson

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  5. Caro Gibson.

    Agradecido pela explicação. Tenho conhecido alguns dos pensadores que você cita de vez em quando em suas reflexões, como por exemplo o Bispo Spong, Jonh Crossan ( alias saiu um livro da paulinas muito legal sobre Crossan e o Jesus Histórico)Marcus Borg e Jonh Hick. Sou batista ligado a convenção batista brasileira, mas sou ligado tambem a um grupo de digamos assim não conformistas ai do nordeste que se juntaram e formaram uma organização conhecida como Aliança de batistas do Brasil, que defende em sua carta de principios: O dialogo ecumenico, e inter religioso, a busca pela justiça social, e a inclusão de homossexuais nas igrejas. Mas você falou de batistas gerais, esse grupo foi aquele que surgiu na formação vindo logo apos os particulares.Existem no Brasil batistas que defendem o unitarismo, e esse grupo que não e aceito pelos ortodoxos que caracteristicas eles possuiam para não serem aceitos.. Um abs e obrigado por tirar minha duvida.

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  6. Caro Nilo,

    Que bom ter um retorno teu; fico muito feliz quando mantenho um diálogo amigável aqui (na maioria das vezes, os que me escrevem não são tão amigáveis!). Bom saber que há batistas no Brasil que abraçam a antiga tradição batista de liberdade de pensamento, tradição esta que em muitos lugares influenciou os unitaristas.

    Sobre sua dúvida a respeito dos batistas gerais: a grande diferença entre os batistas gerais e outros (lembrando que estamos nos referindo aos batistas britânicos), era o fato de os gerais serem arminianos. Essa, à propósito, é a razão de se chamarem “gerais”, já que acreditavam em uma “expiação geral”, disponível a todos aqueles que voluntariamente exercessem fé em Cristo. Os batistas particulares eram, opostamente, calvinistas. No século XVIII, muitas das congregações dos batistas gerais, por serem tradicionalmente não-dogmáticas, estavam se tornando cada vez mais doutrinariamente liberais, e se unindo em grande número aos unitaristas ou quakers. Foi essa aproximação aos unitaristas, e em menor escala aos quakers, que causou a recusa de outros batistas (mais “ortodoxos”) em se aproximarem dos gerais. E assim, quando uniões batistas surgiram, na Grã-Bretanha e em outras partes, os gerais não puderam se unir às mesmas. É, mais ou menos, o que ocorre com cristãos unitaristas hoje em dia, que não são formalmente aceitos em nenhuma organização cristã ecumênica, já que não são vistos como cristãos!

    Grande abraço, e paz!

    +Gibson

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  7. Gibson, o que diferencia os batistas gerais dos batistas digamos assim gerais do Brasil, ja que eu poderia afirmar que a convenção batista brasileira, aparentemente não defende uma postura calvinista particular, mas sim uma postura mais aproximada dos batistas gerais. abs.

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  8. Amigo Nilo,

    Criei um novo tópico para discutirmos esse tema: http://cristianismoprogressista.blogspot.com/2010/04/batistas-uma-conversa-com-nilo.html

    Nos falamos lá!

    Abraço e paz!

    Gibson

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  9. Graça e paz doutrina humanas porém não sã doutrina nosso senhor jesus e bem claro em sua palavra sobre isso.

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  10. Ótimo texto, compartilho da mesma fé 🙏🏿

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