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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Um convite para este Natal!


O Natal é um período realmente especial para mim. Sempre aguardo, ansiosamente, o ano inteiro por ele. Para as diferentes tradições cristãs, é multiplamente rico em significado. Para a Igreja cristã, em todas as suas diferentes expressões, é a celebração da chegada daquele que os cristãos chamariam de “Cristo”. Para todos os cristãos, independentemente das compreensões teológicas que abracem, é um testemunho da relação que mantemos com o Deus no qual vivemos, nos movemos e existimos.

A tradição cristã celebra, no Natal, a encarnação do Divino entre os seres humanos. Para mim, é uma recordação do elo que temos com a Presença Eterna, fonte de nosso ser, e, ademais, do elo que todos os seres humanos têm uns com os outros.

Nossas celebrações são belas e importantes; mas não são os presentes, os banquetes, as festas, as luzes, etc, o que realmente importa no Natal. Para mim, é a recordação de que o Divino pode adentrar nossa realidade, e que podemos recepcioná-lo em nossos irmãos e irmãs, o que importa nesta data. Como ensinam as Escrituras, “amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 João 4:7).

Neste Natal, convido-lhes para que se juntem comigo em oração e serviço em favor daqueles homens, mulheres e crianças que enfrentam a escuridão das fronteiras estrangeiras, e que, como Maria, José e o bebê Jesus, só buscam um abrigo em sua jornada. Que possamos estar abertos a todos os “estrangeiros” (factuais ou metafóricos), como se eles fossem a família de Jesus em sua jornada. Que possamos permitir que a narrativa de Natal transforme nossos corações e ações. Esta é minha oração para este Natal.

Feliz Natal a todas e todos!

+Gibson


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Por um Natal musical... Feliz Natal!

Some of my favorites... Algumas de minhas favoritas...



Don Francisco, Wendy Francisco, e Jerry Palmer - "What Child is This?"



Mormon Tabernacle Choir - "Carol of the Bells"



The Piano Guys - "O Come, Emmanuel"



Pentatonix - "Little Drummer Boy"



Pentatonix - "Mary, Did You Know?"



Josh Groban e Andy McKee - "Little Drummer Boy"



Choir of New College Oxford - "Ding Dong! Merrily on High"



Feliz Natal! Merry Christmas!...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

A doutrina dos Cristãos Unitaristas: uma resposta a Rosilene


Cara Rosilene,

Tento oferecer, aqui, uma resposta à sua pergunta “qual é a doutrina dos unitaristas?”; espero que possa ser útil à sua pesquisa. A utilização de tópicos numéricos é só para organizar meu pensamento, e facilitar sua leitura.


1. Definindo os grupos:

Responder a essa pergunta não é algo tão simples e direto quanto pode parecer. Para respondê-la, preciso saber a que “unitaristas” você se refere. Há, pelo menos, três grupos que fazem uso desse adjetivo para se referirem a si próprios:

a) os “Unitaristas” – minha tradição –, também chamados de “Cristãos Unitaristas”, que tiveram sua origem moderna na Reforma Protestante no século XVI, e cuja história e teologia está entrelaçada às dos Socinianos e Arminianos. No Unitarismo, por sua vez, temos algumas tradições diferentes: a) os unitaristas húngaros e transilvanos, cujas igrejas são episcopais e fazem uso de confissões e catecismos doutrinalmente mais definidos; b) os unitaristas dos Países Baixos, unidos à Igreja Remonstrante; c) os unitaristas britânicos, que geralmente são congregacionais ou anglicanos que sempre foram menos preocupados com definições doutrinárias; d) os unitaristas americanos (dos quais descendem os brasileiros), também pouco preocupados com definições doutrinárias; e) as Igrejas Batistas Gerais da Inglaterra, que mesmo não usando o nome “unitarista”, são parte de nossa tradição; f) a Igreja Presbiteriana Não-Subscrevente da Irlanda, que também faz parte de nossa tradição; g) os “metodistas unitaristas” da Inglaterra e Escócia. No Brasil, há apenas três congregações desta tradição e alguns pequenos grupos espalhados pelo país (aqui, nossas igrejas são tradicionalmente igrejas de imigração);

b) os “Unitário-universalistas”, um grupo que descende dos Unitaristas e Universalistas norte-americanos e tornou-se mais numeroso nas antigas igrejas unitaristas dos Estados Unidos (no Brasil, há alguns simpatizantes virtuais, mas nenhuma igreja unitário-universalista). Esses, de forma geral, não se identificam mais como cristãos, assumindo uma espiritualidade humanista – apesar de haver cristãos em suas igrejas. São dominantes hoje no Movimento Unitarista dos EUA, mas contam com grupos em outras partes do mundo;

c) os “Unitaristas Bíblicos”, um movimento de diferentes grupos cristãos evangelicais que pregam uma cristologia geralmente sociniana (apesar de alguns grupos abraçarem uma visão cristológica ariana), mas rejeitam o liberalismo teológico dos Unitaristas. Esses têm uma origem mais recente e, geralmente, não se identificam como parte do Movimento Unitarista – muitos desses grupos se identificam como “judeus messiânicos”.

Tratarei, aqui, dos Unitaristas (ou Cristãos Unitaristas), já que imagino ter sido essa a razão pela qual você me escreveu.


2. Doutrina – mais uma vez, a questão semântica:

Comecei o tópico anterior dizendo que precisaria saber a qual grupo unitarista você se referia em sua pergunta, já que havia diferentes grupos que se identificavam como “unitaristas”. O problema se repete quando utilizamos o termo “doutrina”. O que, exatamente, você quer dizer por “doutrina”?

a) princípios gerais que guiam a compreensão de fé?
ou
b) dogmas, interpretações fundamentais inquestionáveis?

A maioria dos Unitaristas – e Unitário-universalistas – provavelmente rejeitaria o sentido (b), da doutrina enquanto dogmas inquestionáveis e imutáveis que todos os fiéis devem professar para que sejam membros de nossas comunidades.

A tradição Unitarista tem, desde suas origens no século XVI, desenvolvido uma compreensão da liberdade de consciência individual e da autoridade do indivíduo que nos têm feito rejeitar a imposição de fórmulas teológicas como condição para a vida na Igreja. A maioria de nós compreende a doutrina como sendo princípios gerais que se desenvolvem num ambiente de abertura para diferentes compreensões, mesmo que discordantes. Assim, entre nós, não há apenas uma forma de pensar sobre Deus, sobre Jesus Cristo, sobre a salvação, sobre o que ocorre após a morte, sobre como as Escrituras devam ser interpretadas etc. Por causa disso, os cristãos unitaristas sempre rejeitaram a compreensão de que todos os cristãos devessem acreditar exatamente nas mesmas coisas e fazer tudo do mesmo jeito para serem aceitos como cristãos.

Por causa dessa liberdade e diversidade, não é possível dizer qual seja a doutrina oficial dos unitaristas a respeito de todos os temas possíveis. O que é possível é, como sempre foi feito entre nós, falar sobre aquelas compreensões que a maioria de nós abraça sobre determinados tópicos teológicos – ou, ao menos, falar sobre as diferentes compreensões abraçadas por diferentes grupos unitaristas. Historicamente, muitas declarações de fé têm sido utilizadas por cristãos unitaristas para dar voz às compreensões mais comuns entre nós, mas lembre-se que nenhuma delas tem poder impositivo ou definitivo. Tradicionalmente, nós unitaristas entendemos que ser cristão é seguir Jesus, que nossa fé é “a religião de Jesus, e não sobre Jesus”. Nossa tradição cristã livre sempre desejou que a Igreja cristã estivesse além do dogma e que nela fossem bem-vindos todos aqueles que desejassem, sem impor-lhes um controle intelectual.

Para exemplificar, porém, a forma como diferentes grupos unitaristas expressam sua fé, observe as seguintes declarações professadas por diferentes grupos unitaristas, incluindo o Credo Apostólico – lembrando-se que nem todos os unitaristas que as professam entendem suas palavras da mesma forma:

Credo Apostólico
Creio em Deus, Pai todo-poderoso,
Criador do céu e da terra.
E em Jesus Cristo, seu Filho unigênito, nosso Senhor,
o qual foi concebido pelo Espírito Santo,
nasceu da virgem Maria,
padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado,
desceu ao mundo dos mortos,
ressuscitou no terceiro dia,
subiu ao céu, e está sentado à direita de Deus Pai, todo-poderoso,
de onde virá para julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo,
na santa Igreja católica, na comunhão dos santos,
na remissão dos pecados,
na ressurreição do corpo e na vida eterna. Amém.

Confissão da Igreja Unitarista da Hungria
Creio em um Deus, o criador da vida, nosso Pai providencial.
Creio em Jesus, o melhor entre os filhos de Deus, nosso verdadeiro Mestre.
Creio no Espírito Santo.
Creio na missão da Igreja Unitarista.
Creio no arrependimento e na vida eterna.

Declaração de Fé Unitarista
Cremos em um Deus, o criador do céu e da terra, o Pai dos espíritos, o justo Governador e Juiz do mundo;
Cremos em Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus, a imagem expressa do Pai, em quem estava toda a plenitude da divindade, e que para nós é o Caminho e a Verdade e a Vida;
Cremos no Espírito Santo, procedente do Pai e do Filho, o mestre, renovador, e guia da humanidade;
Cremos na Santa Igreja Católica como o corpo e forma do Espírito Santo, e a presença de Cristo em todas as eras;
Cremos na Regeneração do coração humano, que, sendo criado reto, mas corrompido pelo pecado, é renovado e restaurado pelo poder da verdade cristã;
Cremos na constante Expiação por meio da qual Deus, em Cristo, está reconciliando o mundo a Si;
Cremos na Ressurreição da morte à imortalidade, num futuro julgamento e na Vida Eterna;
Cremos no vindouro Reino de Deus, e no triunfo final da verdade cristã.

As Bases da Fé Cristã para os Unitaristas
A paternidade de Deus;
a irmandade da humanidade;
a liderança de Jesus;
a vitória do Bem;
o Reino de Deus;
a Vida Eterna.

A Confissão de Fé
Estamos conscientes e afirmamos:

que não encontramos a nossa paz na certeza do que confessamos,
mas na maravilha do que nos acontece e naquilo que nos é dado;

que não encontramos nosso destino na indiferença e na ganância,
mas na vigilância e na ligação com tudo o que vive;

que a nossa existência não é realizada por quem somos e por aquilo que possuímos,
mas pelo que é infinitamente maior do que podemos conter.

Guiados por esta consciência, acreditamos no Espírito de Deus,
que transcende tudo o que divide as pessoas
e as inspira para o que é santo e bom,
que no cantar e no silêncio,
na oração e no trabalho,
elas adoram e servem a Deus.

Acreditamos em Jesus, um ser humano cheio do Espírito Santo,
o rosto de Deus, vendo-nos e perturbando-nos.
Ele amou a humanidade e foi crucificado
mas ele vive, além de sua própria morte e da nossa.
Ele é o nosso santo exemplo de sabedoria e coragem
e ele traz o amor eterno de Deus para perto de nós.

Cremos em Deus, o Eterno,
que é amor insondável, o fundamento do ser,
que nos mostra o caminho da liberdade e da justiça
e nos conclama a um futuro de paz.

Acreditamos que
fracos e falíveis como somos,
somos chamados a ser a Igreja,
ligados a Cristo e a todos os que creem,
no sinal da esperança.

Pois acreditamos no futuro de Deus e do mundo,
em uma paciência divina que dá tempo
para viver e para morrer e ressuscitar,
no reino que é e virá,
onde Deus será para a eternidade: tudo em todos.

A Deus seja a glória e honra
no tempo e na eternidade.

Amém
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Nos próximos tópicos tentarei esclarecer a compreensões da maioria dos unitaristas sobre certos pontos – mas, desde já, esclareço que isso não significa que todos os unitaristas concordariam com isso, ou que professar isso seja exigido dos unitaristas.


3. Deus:

Como você pode ver acima, a tradição unitarista professa fé em Deus. Entretanto, não há a imposição dum dogma teontológico – isto é, a maneira como articulamos nossa fé em Deus não é necessariamente a mesma para todos nós. Não tentamos esgotar definições teológicas de Deus, como se a Divindade fosse um objeto que pudesse ser posto sob as lentes dum microscópio, ou como se pudéssemos plenamente compreender aquilo que está além de nosso mundo físico.

A maioria dos cristãos unitaristas – não, necessariamente, todos – é “antitrinitarista”, ou seja, rejeita o dogma da Trindade da forma como professado pela maioria dos demais cristãos (isto é, Deus em três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo), sendo essa a razão pela qual foram chamados de “unitaristas” durante os primórdios de sua história na Europa. Historicamente, nossa tradição tem professado fé na unicidade de Deus, apesar de não definirmos Deus – assim, muitos de nós podem entender Deus de maneiras diversas.

No que concerne à doutrina enquanto princípios gerais que guiam nossa compreensão de fé, nós unitaristas temos muito em comum com outros cristãos. Apesar de a maioria de nós não aceitar imposições teológicas, de forma geral compartilhamos a fé expressa pelos outros cristãos. Deus, para a maioria de nós, é aquele “em quem vivemos, nos movemos e existimos” (Atos 17:28). Um de nossos catecismos afirma: “Quando dizemos 'Creio em um Deus', expressamos nossa convicção de que Deus existe, e que Deus, tanto em essência quanto em pessoa, é apenas Um”; e, “...Compreendemos Deus como Espírito e como Amor”.


4. Jesus Cristo:

Já esclareci que o fato de os primeiros unitaristas serem antitrinitaristas (rejeitarem o dogma atanasiano da Trindade) foi o que lhes rendeu o adjetivo “unitaristas”. Rejeitar esse dogma é afirmar algo importante sobre a compreensão cristológica da maioria dos unitaristas: para a maioria de nós, Jesus não é “consubstancial” (da mesma substância, igual) a Deus.

Para a maioria de nós, Jesus é nosso Mestre e Salvador. Mestre porque olhamos para seu exemplo como modelo que devemos seguir; Salvador, porque seus ensinamentos e exemplos são o caminho que nos levam a Deus.

Para a maioria de nós, Jesus foi plenamente humano, símbolo duma vida plena do Divino, sem preexistência (noção chamada de “socinianismo”). Para outros, Jesus, apesar de humano, foi o primeiro a ser criado por Deus, preexistindo antes de encarnar como Jesus de Nazaré, sendo, contudo, distinto de Deus (noção comumente chamada de “arianismo”). Outros poucos professam a mesma fé ortodoxa da Trindade.

Muitos de nós consideram Jesus como divino sem acreditar que ele fosse Deus ou sem negar sua humanidade. A divindade, nesse sentido, representa a humanidade em seu sentido mais pleno. Assim, ele é filho de Deus no mesmo sentido em que todos nós somos filhos e filhas de Deus; Deus estava encarnado nele no mesmo sentido em que Deus está encarnado em toda a humanidade.

Independentemente das explicações teológicas que diferentes unitaristas abracem para expressar sua fé em Jesus, todos compartilham a visão de que viver os princípios de amor e boa vontade ensinados e vividos por Jesus são necessários para ser um discípulo dele. Ser cristão, assim, é seguir seus ensinamentos e exemplos em nossa adoração a Deus e serviço à humanidade.

Em nosso catecismo mais tradicional, por exemplo, podemos encontrar uma declaração com a qual talvez a maioria de nós concorde: “Quando dizemos 'Creio em Jesus', expressamos nossa convicção de que Jesus é o maior filho e profeta de Deus, e que seus ensinamentos são o caminho mais certo através do qual podemos chegar a um real conhecimento de Deus”.


5. O Espírito Santo:

A maioria dos unitaristas compreende o Espírito Santo como sendo a presença ou o poder de Deus, que ilumina o intelecto, limpa o coração, fortalece a vontade, acalma, encoraja e traz alegria. Assim, a maioria de nós não o compreende como sendo uma pessoa.


6. A humanidade:

Os unitaristas têm proclamado, ao longo de seus quase cinco séculos de história, uma fé no valor e dignidade de cada indivíduo. Apesar de o foco que outros cristãos dão à nossa tradição sempre se centrar em nossas cristologias antitrinitaristas, a maior diferença doutrinária entre unitaristas e a maioria dos outros cristãos ocidentais está, em minha opinião, na forma como compreendemos a humanidade.

Nós unitaristas rejeitamos a doutrina do pecado original. Não acreditamos que por meio do pecado dos primeiros humanos tenhamos todos nos tornado corruptos. Para nós, acreditar nisso contradiria nossa crença no amor e justiça de Deus, já que significaria que pessoas receberiam a culpa pelos pecados (erros cometidos conscientemente) de outras. Os humanos, para nós, não nascem em pecado – eles se corrompem pelo pecado ao longo da vida.


7. A vida eterna:

Como com todos os outros pontos que discuti antes, a compreensão do que acontece além desta vida é muito variada entre nós. A maioria de nós, talvez, acredita que temos um espírito que vive além do corpo. Não se pregam entre nós doutrinas como a reencarnação, por exemplo, mas muitos de nós, talvez a maioria, acreditam que haverá uma ressurreição dos mortos. Entretanto, a grande maioria de nós rejeita a crença num lugar de tormento infinito pós-mortal, já que, para nós, a bondade e misericórdia Divina será sempre vitoriosa.

Seja como for, é muito incomum a discussão de temas como este em nosso meio.


8. A Bíblia:

Como cristãos, os unitaristas aceitam e honram a Bíblia como Escrituras Sagradas. É nela onde encontramos a base de nossa compreensão de fé. Como outros cristãos liberais, contudo, a maioria de nós compreende a Bíblia como um conjunto de livros escritos por humanos, e que, posteriormente, passou por um processo de canonização. Logo, a maioria de nós não compreende a Bíblia como um livro perfeito, sem erros; a maioria de nós não compreende seus registros como registros factuais, mas como um testemunho humano de Deus, e da fé que herdamos.


9. Sacrifício expiatório:

A grande maioria dos unitaristas rejeita a noção de que a morte de Jesus na cruz fosse uma exigência divina para que pudéssemos ser perdoados por Deus. Para a maioria de nós, essa é uma ideia ofensiva à compreensão que temos da Deidade. Assim, Jesus nos salvaria mostrando-nos o caminho a seguir, e não sendo sacrificado em favor da humanidade. É nesse sentido que a maioria de nós utilizaria o termo “salvador” para se referir a Jesus.


10. Concluindo temporariamente...

Discussões teológicas sobre pormenores doutrinários é praticamente inexistente em nossas igrejas, ao menos em sermões, por exemplo. Porque nossas igrejas tendem a estar comprometidas com o respeito à diversidade teológica, e não utilizamos credos ou confissões como condições para ser membro, cada unitarista é incentivado a construir sua própria compreensão teológica. Como você notou nas declarações que incluí aqui, há doutrinas específicas em nosso meio, mas essas representam apenas aquilo que a maioria de nós aceita, e não algo que seja exigido que os unitaristas aceitem.

Bem, espero que o que escrevi aqui seja útil à sua pesquisa. Se precisar de algo mais, ficarei feliz em ajudá-la.

Grande abraço!
+Gibson