O Movimento da Religião Livre no Unitarismo:
Abrindo as Portas Para os Não-Cristãos
Durante o século XIX, a reputação do Unitarismo como uma religião inclusiva e adogmática atraiu muitos não-cristãos, muitos dos quais poderiam ser descritos como teístas científicos ou deístas. Eles ansiavam encontrar um lugar onde pudessem se reunir e adorar, mas não conseguiam encontrá-lo nas igrejas tradicionais. Era natural que encontrassem esse lugar que buscavam nas igrejas unitaristas, onde eles encontravam a força e o encorajamento da comunidade, mesmo que o foco dos sermões e liturgias fossem cristãos. Em alguns lugares, congregações liberais que não eram cristãs em caráter se formaram, e estas se associaram às organizações unitaristas. Os não-cristãos eram uma minoria até boa parte do século XX, mas eles provaram ter uma voz muito forte, e alguns fatos garantiram sua sobrevivência e influência dentro do Unitarismo.
Durante a década de 1860, o "movimento da religião livre" ganhou força nas igrejas unitaristas. Apoiadores desse movimento tinham a intensão de levar a liberdade religiosa à sua conclusão lógica: uma abertura completa a todos os sentimentos e persuasões religiosos. Em 1865, no primeiro congresso anual da Conferência Nacional de Igrejas Unitaristas em Nova York, eles tentaram convencer a assembléia a permitir que todas as igrejas liberais, cristãs ou não, pudessem se tornar membros da Conferência. Entretanto, a maioria não era a favor disso, e no preâmbulo da nova constituição, o caráter cristão da organização foi afirmado. No ano seguinte, o assunto continuou a ser debatido em sermões, panfletos, e periódicos. No congresso anual seguinte, Francis Ellingwood Abbott propôs um novo preâmbulo para a constituição da Conferência, que declarava que as igrejas da Conferência, "desconsiderando todas as diferenças sectárias ou teológicas, e oferecendo uma irmandade cordial a todos os que se juntarem a elas na obra cristã, se unem em uma organização comum, a ser conhecida como A Conferência Nacional de Igrejas Unitaristas e Outras Igrejas Cristãs". A emenda foi rejeitada. Entretanto, por sugestão de James Freeman Clarke, concordou-se em mudar o nome da associação para A Conferência Nacional de Igrejas Unitaristas e Outras Igrejas Cristãs. Foi explicado que a expressão "Outras Igrejas Cristãs" não intencionava "excluir sociedades religiosas que não tenham uma distinta organização eclesiástica, e que não sejam nominalmente cristãs, se essas desejam cooperar com a Conferência no que ela considera como obra cristã".
Muitos dos progressistas não estavam satisfeitos com a concessão, e no trem de volta a Boston, um grupo deles decidiu organizar uma associação para eles mesmos que garantisse a liberdade religiosa que eles estavam buscando e lhes provesse uma forma de expressar suas idéias. Em 30 de maio de 1867, nasceu a Associação Religiosa Livre. Octavius Brooks Frothingham foi nomeado como o presidente. Outros membros notáveis eram Cyrus A. Bartol, Francis Ellingwood Abbott, William J. Potter, John Weiss, David Wasson, John White Chadwick, Louisa May Alcott e Ralph Waldo Emerson. O grupo defendia a universalidade da religião e defendia que todas as fases da opinião religiosa devessem ser representadas em sua membresia e plataforma. Na revisão de sua constituição em 1872, declarou-se que "nada no nome ou constituição da Associação poderá ser interpretado como se limitasse a membresia a qualquer teste de opinião ou crença especulativas, ou como se definisse a posição da Associação, coletivamente considerada, com referência a qualquer opinião ou crença, ou como se interferisse de qualquer outra maneira na absoluta liberdade de pensamento e expressão que é o direito natural de cada ser racional". Os dois principais jornais da organização eram "The Radical", editado por Sidney H. Morse, e "The Index", editado por Francis E. Abbott. Sempre se argumentava nas páginas desses periódicos que era hora de ir além do Cristianismo e abraçar um teísmo universal que rejeitasse qualquer tentativa de se manter uma teologia com a qual todos concordassem e permitisse que cada indivíduo encontrasse Deus de sua própria maneira. Alguns enfatizavam a intuição; outros enfatizavam o avanço da ciência.
Nos anos seguintes, a Conferência Nacional se esforçou para trazer os membros da Associação Religiosa Livre de volta à Conferência. Entretanto, todas as tentativas forma mal-sucedidas, já que ou as concessões não eram suficientemente conciliatórias para o movimento da religião livre ou eram radicais demais para os cristãos. A tensão entre os dois grupos permaneceu grande pois muitos membros da Associação Religiosa Livre continuaram a ocupar púlpitos unitaristas e a freqüentar igrejas unitaristas. Uma controvérsia surgiu em 1873, quando os nomes de ministros associados à ARL começaram a ser removidos da lista de ministros no Livro Anual da Associação Unitarista Americana. Depois de uma forte reação, decidiu-se que nenhum nome deveria ser removido a não ser que o ministro em questão o requisitasse ou que ele tivesse oficialmente deixado a denominação.
A Associação Religiosa Livre eventualmente desapareceu, mas alguns de seus membros se tornaram notáveis filósofos desse período, e sua palavra teve um impacto sobre seus antigos associados nas igrejas unitaristas. Durante a década de 1880, a controvérsia surgiu mais uma vez na Conferência Unitarista do Oeste, mesmo que de uma forma um pouco diferente. Enquanto ainda enfatizando o teísmo universal, um significativo elemento humanista também começou a se formar, que deixou de lado o conceito de "Deus" e se focou na ética. A influência do movimento da religião livre podia ser vista claramente na decisão de 1882 de se aceitar para a Conferência Unitarista do Oeste o lema "Liberdade, Irmandade, e Caráter em Religião", que é muito similar ao lema da Associação Religiosa Livre ("Liberdade e Irmandade na Religião"). Os líderes do movimento no Oeste eram Jenkin Lloyd Jones e William Channing Gannett, cujas opiniões eram expressas em seu jornal, "Unity", e aqueles em simpatia com eles eram alcunhados de "Unity men". Sua influência muito preocupou os cristãos, e Jabez T. Sunderland, o secretário da Conferência Unitarista do Oeste, publicou um panfleto em 1886 intitulado "O Problema no Oeste", no qual ele falava de sua apreensão a respeito da situação das coisas: "Este novo Unitarismo tem demonstrado uma especial simpatia pelo movimento da Religião Livre e pelo movimento ético, tem buscado se diferenciar do Unitarismo do Leste como se fora algo "mais amplo" e "mais avançado" que aquele, tem há muito sido averso ao uso do nome cristão, e pelos últimos anos tem cada vez mais se distanciado até mesmo de uma base teísta, até agora declara abertamente que mesmo a crença em Deus não deva mais ser declarada como algo essencial do Unitarismo... que o Unitarismo deve defender crenças éticas e crenças em assim-chamados "princípios", mas não crenças em qualquer coisa que o comprometa com o teísmo ou o cristianismo".
Apesar das objeções de Sunderland, o movimento Unity permaneceu forte, e no congresso anual da Conferência Unitarista do Oeste naquele ano, por um voto de 34 a 10, uma resolução foi adotada, composta por William Channing Gannett, que declarava: "A Conferência Unitarista do Oeste condiciona sua membresia a nenhum teste dogmático, mas recebe a todos que queiram juntar-se a ela a fim de estabelecer verdade, retidão, e amor no mundo". Muitas das igrejas mais conservadoras na conferência ficaram insatisfeitas com a direção que a Conferência tomara e deixaram-na. No congresso seguinte em 1887, uma tentativa foi feita para se efetuar uma reconciliação, e Gannett compôs uma declaração adicional, "Coisas Nas Quais Comumente Acreditamos". Essa declaração não satisfez os conservadores, e a controvérsia continuou por alguns anos mais.
Finalmente, no congresso anual da Conferência Nacional em 1894, todas as partes concordaram em adotar um novo preâmbulo para a constituição, que declarava: "A Conferência reconhece o fato de que a tradição e política de seus constituintes seja Congregacional. Portanto, declara que nada nesta constituição seja considerada como um teste de autoridade; e cordialmente convidamos à nossa irmandade qualquer um que, mesmo diferindo de nós em crença, esteja em simpatia geral com nosso espírito e nossas metas práticas". Esta declaração preparou o terreno para o que estava por vir.
Abrindo as Portas Para os Não-Cristãos
Durante o século XIX, a reputação do Unitarismo como uma religião inclusiva e adogmática atraiu muitos não-cristãos, muitos dos quais poderiam ser descritos como teístas científicos ou deístas. Eles ansiavam encontrar um lugar onde pudessem se reunir e adorar, mas não conseguiam encontrá-lo nas igrejas tradicionais. Era natural que encontrassem esse lugar que buscavam nas igrejas unitaristas, onde eles encontravam a força e o encorajamento da comunidade, mesmo que o foco dos sermões e liturgias fossem cristãos. Em alguns lugares, congregações liberais que não eram cristãs em caráter se formaram, e estas se associaram às organizações unitaristas. Os não-cristãos eram uma minoria até boa parte do século XX, mas eles provaram ter uma voz muito forte, e alguns fatos garantiram sua sobrevivência e influência dentro do Unitarismo.
Durante a década de 1860, o "movimento da religião livre" ganhou força nas igrejas unitaristas. Apoiadores desse movimento tinham a intensão de levar a liberdade religiosa à sua conclusão lógica: uma abertura completa a todos os sentimentos e persuasões religiosos. Em 1865, no primeiro congresso anual da Conferência Nacional de Igrejas Unitaristas em Nova York, eles tentaram convencer a assembléia a permitir que todas as igrejas liberais, cristãs ou não, pudessem se tornar membros da Conferência. Entretanto, a maioria não era a favor disso, e no preâmbulo da nova constituição, o caráter cristão da organização foi afirmado. No ano seguinte, o assunto continuou a ser debatido em sermões, panfletos, e periódicos. No congresso anual seguinte, Francis Ellingwood Abbott propôs um novo preâmbulo para a constituição da Conferência, que declarava que as igrejas da Conferência, "desconsiderando todas as diferenças sectárias ou teológicas, e oferecendo uma irmandade cordial a todos os que se juntarem a elas na obra cristã, se unem em uma organização comum, a ser conhecida como A Conferência Nacional de Igrejas Unitaristas e Outras Igrejas Cristãs". A emenda foi rejeitada. Entretanto, por sugestão de James Freeman Clarke, concordou-se em mudar o nome da associação para A Conferência Nacional de Igrejas Unitaristas e Outras Igrejas Cristãs. Foi explicado que a expressão "Outras Igrejas Cristãs" não intencionava "excluir sociedades religiosas que não tenham uma distinta organização eclesiástica, e que não sejam nominalmente cristãs, se essas desejam cooperar com a Conferência no que ela considera como obra cristã".
Muitos dos progressistas não estavam satisfeitos com a concessão, e no trem de volta a Boston, um grupo deles decidiu organizar uma associação para eles mesmos que garantisse a liberdade religiosa que eles estavam buscando e lhes provesse uma forma de expressar suas idéias. Em 30 de maio de 1867, nasceu a Associação Religiosa Livre. Octavius Brooks Frothingham foi nomeado como o presidente. Outros membros notáveis eram Cyrus A. Bartol, Francis Ellingwood Abbott, William J. Potter, John Weiss, David Wasson, John White Chadwick, Louisa May Alcott e Ralph Waldo Emerson. O grupo defendia a universalidade da religião e defendia que todas as fases da opinião religiosa devessem ser representadas em sua membresia e plataforma. Na revisão de sua constituição em 1872, declarou-se que "nada no nome ou constituição da Associação poderá ser interpretado como se limitasse a membresia a qualquer teste de opinião ou crença especulativas, ou como se definisse a posição da Associação, coletivamente considerada, com referência a qualquer opinião ou crença, ou como se interferisse de qualquer outra maneira na absoluta liberdade de pensamento e expressão que é o direito natural de cada ser racional". Os dois principais jornais da organização eram "The Radical", editado por Sidney H. Morse, e "The Index", editado por Francis E. Abbott. Sempre se argumentava nas páginas desses periódicos que era hora de ir além do Cristianismo e abraçar um teísmo universal que rejeitasse qualquer tentativa de se manter uma teologia com a qual todos concordassem e permitisse que cada indivíduo encontrasse Deus de sua própria maneira. Alguns enfatizavam a intuição; outros enfatizavam o avanço da ciência.
Nos anos seguintes, a Conferência Nacional se esforçou para trazer os membros da Associação Religiosa Livre de volta à Conferência. Entretanto, todas as tentativas forma mal-sucedidas, já que ou as concessões não eram suficientemente conciliatórias para o movimento da religião livre ou eram radicais demais para os cristãos. A tensão entre os dois grupos permaneceu grande pois muitos membros da Associação Religiosa Livre continuaram a ocupar púlpitos unitaristas e a freqüentar igrejas unitaristas. Uma controvérsia surgiu em 1873, quando os nomes de ministros associados à ARL começaram a ser removidos da lista de ministros no Livro Anual da Associação Unitarista Americana. Depois de uma forte reação, decidiu-se que nenhum nome deveria ser removido a não ser que o ministro em questão o requisitasse ou que ele tivesse oficialmente deixado a denominação.
A Associação Religiosa Livre eventualmente desapareceu, mas alguns de seus membros se tornaram notáveis filósofos desse período, e sua palavra teve um impacto sobre seus antigos associados nas igrejas unitaristas. Durante a década de 1880, a controvérsia surgiu mais uma vez na Conferência Unitarista do Oeste, mesmo que de uma forma um pouco diferente. Enquanto ainda enfatizando o teísmo universal, um significativo elemento humanista também começou a se formar, que deixou de lado o conceito de "Deus" e se focou na ética. A influência do movimento da religião livre podia ser vista claramente na decisão de 1882 de se aceitar para a Conferência Unitarista do Oeste o lema "Liberdade, Irmandade, e Caráter em Religião", que é muito similar ao lema da Associação Religiosa Livre ("Liberdade e Irmandade na Religião"). Os líderes do movimento no Oeste eram Jenkin Lloyd Jones e William Channing Gannett, cujas opiniões eram expressas em seu jornal, "Unity", e aqueles em simpatia com eles eram alcunhados de "Unity men". Sua influência muito preocupou os cristãos, e Jabez T. Sunderland, o secretário da Conferência Unitarista do Oeste, publicou um panfleto em 1886 intitulado "O Problema no Oeste", no qual ele falava de sua apreensão a respeito da situação das coisas: "Este novo Unitarismo tem demonstrado uma especial simpatia pelo movimento da Religião Livre e pelo movimento ético, tem buscado se diferenciar do Unitarismo do Leste como se fora algo "mais amplo" e "mais avançado" que aquele, tem há muito sido averso ao uso do nome cristão, e pelos últimos anos tem cada vez mais se distanciado até mesmo de uma base teísta, até agora declara abertamente que mesmo a crença em Deus não deva mais ser declarada como algo essencial do Unitarismo... que o Unitarismo deve defender crenças éticas e crenças em assim-chamados "princípios", mas não crenças em qualquer coisa que o comprometa com o teísmo ou o cristianismo".
Apesar das objeções de Sunderland, o movimento Unity permaneceu forte, e no congresso anual da Conferência Unitarista do Oeste naquele ano, por um voto de 34 a 10, uma resolução foi adotada, composta por William Channing Gannett, que declarava: "A Conferência Unitarista do Oeste condiciona sua membresia a nenhum teste dogmático, mas recebe a todos que queiram juntar-se a ela a fim de estabelecer verdade, retidão, e amor no mundo". Muitas das igrejas mais conservadoras na conferência ficaram insatisfeitas com a direção que a Conferência tomara e deixaram-na. No congresso seguinte em 1887, uma tentativa foi feita para se efetuar uma reconciliação, e Gannett compôs uma declaração adicional, "Coisas Nas Quais Comumente Acreditamos". Essa declaração não satisfez os conservadores, e a controvérsia continuou por alguns anos mais.
Finalmente, no congresso anual da Conferência Nacional em 1894, todas as partes concordaram em adotar um novo preâmbulo para a constituição, que declarava: "A Conferência reconhece o fato de que a tradição e política de seus constituintes seja Congregacional. Portanto, declara que nada nesta constituição seja considerada como um teste de autoridade; e cordialmente convidamos à nossa irmandade qualquer um que, mesmo diferindo de nós em crença, esteja em simpatia geral com nosso espírito e nossas metas práticas". Esta declaração preparou o terreno para o que estava por vir.
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A Congregação Unitarista de Pernambuco apóia a liberdade religiosa. Entendemos que há diferentes, e mesmo assim legítimos, caminhos para Deus, e reconhecemos que outras tradições religiosas, crenças, filosofias, e textos religiosos enfatizam amor a Deus e à humanidade. Seguimos princípios religiosos que permitem que pessoas com outros conceitos monoteístas de Deus, fora da tradição cristã, e não-cristãos possam ser membros. Neste respeito, abraçamos o movimento da religião livre. Entretanto, apesar de crermos que a absoluta liberdade religiosa seja um direito que deva ser garantido pelo Estado e pela sociedade, não cremos que a absoluta liberdade religiosa seja em si uma religião. Uma organização religiosa é um grupo de pessoas que praticam uma religião distinta, e não um grupo de pessoas de diferentes religiões fazendo algo que não seja a prática de uma religião distinta. James Freeman Clarke disse certa vez: "A Religião Livre sacrifica o poder motivo derivado da associação e simpatia religiosa em favor de uma maior liberdade intelectual". Essa é uma armadilha na qual caiu o movimento da religião livre, e o resultado é que a religião distinta do Unitarismo se diluiu e se perdeu em muitas partes do mundo.
A Congregação Unitarista de Pernambuco promove o Unitarismo como a religião distinta que ele é. Mantemos uma tradição de fé distinta, monoteísta, e enraizada na tradição ocidental. Isso não significa que definimos conceitos de Deus e outros temas religiosos; e não significa que rejeitemos grupos religiosos e indivíduos que não sejam parte de nossa tradição. Ser abertos a outras interpretações e compreensões de Deus é parte da tradição unitarista. Entretanto, a Congregação Unitarista de Pernambuco é uma instituição que promove e ensina a tradição unitarista e honra as bases cristãs dessa tradição. O fundamento dessa tradição é a fé em um Deus.
A Congregação Unitarista de Pernambuco apóia a liberdade religiosa. Entendemos que há diferentes, e mesmo assim legítimos, caminhos para Deus, e reconhecemos que outras tradições religiosas, crenças, filosofias, e textos religiosos enfatizam amor a Deus e à humanidade. Seguimos princípios religiosos que permitem que pessoas com outros conceitos monoteístas de Deus, fora da tradição cristã, e não-cristãos possam ser membros. Neste respeito, abraçamos o movimento da religião livre. Entretanto, apesar de crermos que a absoluta liberdade religiosa seja um direito que deva ser garantido pelo Estado e pela sociedade, não cremos que a absoluta liberdade religiosa seja em si uma religião. Uma organização religiosa é um grupo de pessoas que praticam uma religião distinta, e não um grupo de pessoas de diferentes religiões fazendo algo que não seja a prática de uma religião distinta. James Freeman Clarke disse certa vez: "A Religião Livre sacrifica o poder motivo derivado da associação e simpatia religiosa em favor de uma maior liberdade intelectual". Essa é uma armadilha na qual caiu o movimento da religião livre, e o resultado é que a religião distinta do Unitarismo se diluiu e se perdeu em muitas partes do mundo.
A Congregação Unitarista de Pernambuco promove o Unitarismo como a religião distinta que ele é. Mantemos uma tradição de fé distinta, monoteísta, e enraizada na tradição ocidental. Isso não significa que definimos conceitos de Deus e outros temas religiosos; e não significa que rejeitemos grupos religiosos e indivíduos que não sejam parte de nossa tradição. Ser abertos a outras interpretações e compreensões de Deus é parte da tradição unitarista. Entretanto, a Congregação Unitarista de Pernambuco é uma instituição que promove e ensina a tradição unitarista e honra as bases cristãs dessa tradição. O fundamento dessa tradição é a fé em um Deus.
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