“E se eu te dissesse que Jesus veio para abolir a religião? E se eu te dissesse que votar nos republicanos não era realmente sua missão? E se eu te dissesse que “republicano” não significa automaticamente “cristão”? […] Quero dizer, se a religião é tão boa, porque ela iniciou tantas guerras? Por que ela constrói igrejas grandes, mas falha em alimentar os pobres? [...]”
Sou um unitarista, logo, já sabem que não acredito que “Jesus tenha morrido para me salvar de meus pecados”. Sim, ele – ou melhor, as representações sobre ele pintadas pelos autores dos Evangelhos – é meu modelo de virtude. É meu Mestre. É meu farol em meio a toda essa confusão do mundo. As narrativas acerca de sua suposta vida e os relatos de suas supostas palavras guiam minha busca pelo Divino – que não é ele mesmo, mas que marca-o como seu “enviado”.
Se Jesus “salva-me”, essa “salvação”, em minha compreensão, ocorre por meio de seus ensinamentos e exemplos (mesmo que ele não tenha factualmente existido, ou que aquelas palavras e ações a ele atribuídas não sejam factuais), e não por meio duma morte expiatória – ideia que soa tremendamente ofensiva para minha sensibilidade espiritual (ou seja, para a maneira como interpreto o mundo e sua relação com o Divino). Também não acredito em exclusividade cristã: Jesus não é o único caminho para Deus. Se “Deus” é real, não precisamos de ponte para alcançá-lo(a) – mas podemos fazer uso de modelos ético-espirituais em nossa vivência da fé, e Jesus é o meu.
Apesar dessa diferença de compreensão, quando comparado ao pensamento expresso por Jefferson Bethke neste vídeo, não posso deixar de apreciar sua perspectiva ética. Não é à toa que este vídeo tem causado o rebuliço que criou nos EUA.
+Gibson
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