Na
direção contrária de líderes eclesiásticos protestantes de
séculos e décadas passadas – que labutaram pela separação entre
Igreja e Estado, pelo fim da escravidão, pelo tratamento digno dos
mais pobres, pela igualdade jurídica das mulheres, pela igualdade
plena de direitos de grupos sociais minoritários, pela proteção ao
meio ambiente, pela construção da paz, etc etc etc –, muitos dos
líderes eclesiásticos protestantes ou evangélicos (os dois
adjetivos não são necessariamente sinônimos, já que o
Evangelicalismo é apenas um movimento dentro do Protestantismo)
atuantes no Poder Legislativo brasileiro preferem o caminho da
segregação de direitos, por meio da imposição duma visão
teológica incoerente. É um grande testemunho contrário àqueles
exemplos de mulheres e homens do presente e dum passado nem tão
longe assim. Uma vergonha!
Isso
me faz pensar em meus irmãos protestantes ou evangélicos no
Paquistão, que sofrem uma assombrosa perseguição, e cujos líderes
pregam, em retorno, a compaixão, o perdão e o serviço àqueles que
os perseguem. No Brasil, um país de relativa liberdade religiosa, os
“vingadores de Cristo” (como os identificou um daqueles pregadores
de TV) preferem retirar direitos de cidadãos em nome duma obsessão
com a dita comunidade LGBT – sim, porque, como já escrevi antes, a
raison d'être do “Estatuto
da Família” é a guerra antigay, baseada numa moral sexual
particular, levada adiante pelas bancadas religiosas no Legislativo
brasileiro. Uma vergonha!
+Gibson
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