Quando
os “gênios” da televisão – sim, estou sendo sarcástico! –
falam do Islã como se este vivesse intrinsecamente em conflito com a
“cultura secular”, não se dão conta de que não há apenas um
único Islã, há diferentes vozes dentro desta tradição de fé, há
conflitos entre diferentes interpretações no interior desta
religião. Talvez não dissessem tantas bobagens, maquiadas por uma
suposta sofisticação intelectual, se se dessem ao trabalho de ler
mais, se informar mais, e, principalmente, conhecer mais muçulmanos!
Um
grupo de muçulmanos britânicos – seguido por outros ao redor do
mundo – há cerca de um ano fez um vídeo no qual cantam e dançam
ao som de “Happy”, de Pharrell Williams, e que causou reações
que mostram essa multiplicidade de vozes no interior do Islã (já
que houve protestos por parte de grupos, digamos, mais
“tradicionalistas”)...
O
fato é que o Islã possui tradições de radicalmente
“conservadoras” (como o wahhabismo saudita) a
radical ou moderadamente “liberais” (como os movimentos
“progressista”, “liberal” e “modernista” na Indonésia,
no Reino Unido, na Rússia, na Turquia, no Canadá e nos Estados
Unidos). Assim, é uma desonestidade intelectual retratar todos os
muçulmanos como fanáticos – da mesma forma que o seria fazê-lo
com judeus, cristãos, ou qualquer outra fé.
Então,
em homenagem a todos os muçulmanos que fizeram e fazem parte de minha vida, deixo você com a felicidade de diferentes muçulmanos, que
contradizem aquilo que a islamofobia desinformada quer que
acreditemos!
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